Orientação


   Olá pessoal! Esta semana vou falar de Orientação para o escoteiro! Este é um tema bem legal, pois existem várias formas de orientação que vocês podem conhecer! Sinais de Pista, bússola, cruzeiro do sul, relógio, entre outros. Contava Baden-Powell, sobre a importância da orientação:

   "Um indivíduo viajava numa diligência e em certa estação, onde devia haver uma parada de meia hora, aproveitou para dar um pequeno passeio na orla da floresta. Curioso pelas raridades que encontrou, embrenhou-se um pouquinho. Quando quis voltar estava desorientado e, em vez de caminhar para a estação, caminhou em direção oposta. Procuraram-no, chamaram-no, tudo em vão. Organizaram grandes batidas e só muitos dias depois é que foram encontrar o seu cadáver, cerca de 30 km para o interior."


   Sinais de Pista - Existem diversos sinais de pista, como nos mostram as imagens ao lado, porém, é ideal para o escoteiro, saber identificá-los no meio da mata ou do caminho que se segue, pois eles podem estar riscados no chão, feitos de galhos e gravetos, feitos com pedras, riscados em pedras, ou até capim amarrado ou quebrado recentemente indicando um lado. Cabe a vocês estudarem e conhecerem estes sinais.



   O Sol - O sol serve como referência para a orientação e para saber a hora em que estamos. Sabe-se que o sol nasce no leste e se põe no oeste; se observarmos quando o sol estiver nascendo, poderemos localizar no horizonte o mencionado Leste. Basta esticar o braço direito para o lado em que o sol nasce, que é o leste, e então teremos o oeste à esquerda, norte na frente e sul nas costas. Se for à tarde, deve-se esticar o braço esquerdo para o lado em que o sol vai se pondo, que é o oeste, e teremos da mesma maneira o leste à direita, norte na frente e sul nas costas.



   A Natureza - Também podemos observar a natureza. Algumas plantas se desenvolvem para o lado que pegam mais sol. As regiões de mais de 23 graus sul, onde o sol bate sempre do norte, terão os troncos mais desenvolvidos para o lado norte. Se você olhar um tronco de árvore cortado com uma serra, verá que os anéis que marcam seu crescimento são mais largos para o lado norte. Os líquens e os musgos preferem o lado sombreado de árvores e pedras. Assim, serão encontrados mais facilmente para o sul no hemisfério sul. Perto do equador esta regra não funciona muito bem, porém aqui no Rio Grande do Sul, se bem observada ela ajuda bastante. A melhor maneira de orientar-se através destes indícios é usar o sentido comum; se uma marca indica a direção do norte ou do sul, compare com outras marcas para ter certeza.




   Cruzeiro do Sul - A maneira mais rápida de se orientar é através do Cruzeiro do Sul. Note no desenho que o lado maior da cruz é multiplicado por 4 vezes e meia e o Sul será encontrado traçando-se uma linha reta no horizonte. Basta-se esticar o braço para frente e levantar os três dedos da promessa, com o indicador na última estrela, e o lado diteiro do anelar estará no sul.



   Relógio de Ponteiros - Encontre o sol, aponte o número 12 para o sol. Trace uma linha entre o ponteiro das horas e o número 12. Sabendo onde fica o Norte, determine as quatro direções.

   Orientação com Bússola - Bem como esta parte é enorme e bem complexa, trouxe um bom texto aqui para vocês, dos Escoteiros de Tocantins. Segue: 

   A parte mais importante de uma bússola é a “agulha magnética”, colocada em equilíbrio sobre um ponto chamado “estilo”, e que gira livremente, apontando uma certa direção. Isto acontece devido a uma força que atrai a agulha. Desse modo, a Terra age como um imã gigantesco, tendo um pólo ao norte e outro ao sul. Este magnetismo faz com que a ponta da agulha aponte o NORTE MAGNÉTICO. Esta ponta é marcada a cores ou estampada a inicial “N” ou, ainda, em forma de uma flecha. Portanto, basta achar o Norte (indicado pela agulha) para encontrar os outros pontos.
   Para tomar um rumo (ou direção) da bússola no terreno, escolha um ponte de referência nesta direção. Mantenha a bússola à sua frente ao nível da cintura ou um pouco mais alto, com a “flecha de direção” apontando diretamente para o ponto em questão. Gire a caixa que contém a agulha até que esta coincida com a flecha impressa no fundo da bússola, onde está a letra N (norte). Leia os números impressos na parte exterior da caixa até verificar qual deles coincide com a flecha de direção. Esse número encontrado é a sua leitura em graus, do seu rumo.

   Para tomar um rumo, ajuste os números graduados da bússola para os pontos N-S-E-W, em posição à linha de direção, sem dar atenção à agulha.

Escolha um ponto de referência, mantendo a bússola ao nível da cintura.
   Segure a bússola firmemente com a flecha de direção apontando diretamente para o ponto de referência. Gire a caixa até a flecha impressa no fundo coincida com a agulha magnética. Leia o número que coincide com a flecha de direção. Esse número encontrado é o rumo, em graus.

   Precauções no Emprego da Bússola

   Ao manusear a bússola, devemos tomar os seguintes cuidados: evitar proximidades de objetos de ferro ou aço; evitar terreno rico em minérios de ferro; não friccionar a tampa de vidro com lenço, flanela, seda, etc., porque a agulha se cola à tampa devido à carga de eletricidade provocada pela fricção; visar pontos bem definidos e notáveis no terreno; nas visadas mais longas, deixar para bem a agulha, apoiando-se a bússola o máximo possível; executar visada inversa quando pretender resultados mais apurados. O levantamento é realizado em trechos de uma jornada, a ser realizada por estrada ou caminho, onde os pontos inicial e final não são os mesmos. No entanto, o ideal seria que os mesmos fossem iguais, para que na hora de reproduzir o campo pudesse ser avaliada a qualidade das medidas do mesmo.

   A prática tem demonstrado, que são aceitáveis erros de até 10% nas distâncias e de 5 graus nos ângulos, em virtude da irregularidade nos passos e devido a leitura dos ângulos em bússolas portáteis. Portanto não se assuste se ao desenhar o seu croqui, em que o ponto inicial e final sejam os mesmos, estes não coincidirem.

   Temos dois tipos de bússolas que são: Bússola Prismática e Bússola Silva.

  Na bússola Silva, a leitura deve ser feita da seguinte forma: coloque-a próximo de sua linha de vista, alinhando o ponto desejado com a seta de navegação. Gire o limbo (disco móvel) até que a seta de orientação coincida com a parte da agulha magnética que indica o norte. O azimute é o ângulo que estiver junto à seta de navegação.

Para realizar esse ajuste, localiza-se primeiramente a flecha que indica o norte magnético e traça-se uma linha sobre esta flecha de fora a fora no mapa. Em seguida, traçam-se linhas paralelas à primeira, fazendo, então, com que o mapa esteja ajustado e pronto para ser usado conjuntamente com a bússola.


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